- Perde os dentes de leite e o ar de bebê;
- A visão binocular torna-se normal (antes não possuía condições de focalizar a vista para longe e perto rapidamente);
- Demonstra maior desenvolvimento motor e acuidade auditiva;
- Apresenta melhor coordenação dos músculos menores;
- Possui grande habilidade para pintar, desenhar, modelar e seus trabalhos são realizados com maior observação e cuidado;
- É muito ativa e está sempre pronta a adquirir novas experiências: cava, trepa, luta e constrói constantemente;
- Meninos e meninas brincam juntos, mas já começa a ter interesses diferentes: os meninso gostam de arrastar coisas em carros, misturar terra e água, jogar futebol, lutar. As meninas preferem brincar com bonecas, pular amarelinha, brincar de roda;
- Despende grande energia, mas quase não sente cansaço;
- Gosta de brinquedos mecânicos e de armar;
- Preocupa-se com cuidados pessoais: meninos e meninas ficam muito tempo penteando-se, gostam de perfume etc;
- Já possui muita habilidade para compreender e utilizar a linguagem: gosta de usar palavras novas, mesmo as que não compreende bem;
- Já é capaz de ouvir com atenção e de esperar sua vez de falar;
- Tem boa capacidade de argumentação;
- Relata bem suas experiências e conta história;
- Concentra-se por tempo mais longo em atividades livres;
- Desenha, relacionando diversos objetos em cena única e critica seus trabalhos, às vezes inutizando-os;
- Tem muita imaginação, mas já sabe diferenciar o real da fantasia;
- É interessada pelos fenômenos da natureza, objetos, notícias atuais (guerra, eleições);
- Começa a conhecer o valor do dinheiro;
- Interessa-se pelo tempo: quer saber os dias da semana, tem noção do que significa ontem, hoje e amanhã, mas atrapalha-se com períodos maiores de tempo;
- É capaz de transmitir recados;
- Gosta de organizar grupos, estipulando regras;
- Já tem hábitos de ordem e higiene formados;
- Organiza-se em grupos cada vez maiores (aproximadamente sete colegas);
- Os conflitos sãao raros; usa táticas verbais: "é a minha vez", "eu vi primeiro";
- Precisa da aceitação e da aprovação do grupo;
- É crítica, mas tem muito senso de humor;
- Sente-se superior às crianças mais novas;
- Aumenta sua curiosidade sobre sexo: casamento, gravidez, nascimento;
- Aprende que há hora apropriada para cada coisa;
- Fica triste quando é reprovada pelo adulto, mas já pode compreender quando seu comportamento é prejudicial ou inadequado;
- Tem grande noção de seus direitos e ressente-se de injustiças;
- Revela amadurecimento completo para a concretização da aprendizagem da leitura e da escrita;
- É capaz de seguir ordens mais complexas, que incluam a memorização de detalhes em sequência.
Este é um blog para professores, educadores, estudantes e interessados em conhecer um pouco mais sobre a EDUCAÇÃO.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
6 ANOS
5 ANOS
- Já controla bem melhor sua emoções. É mais contida;
- À medida que a noção de tempo vai se organizando, vai adquirindo a capacidade de espera;
- É capaz de decorar canções e repetir grandes trechos das histórias;
- Nas atividades corporais, age com maior desenvoltura e equilíbrio;
- Pula bem corda e arco;
- Equilibra-se em um pé só por alguns segundos;
- Há o progresso da coordenação motora fina: enfia contas, manuseia ferramentas etc;
- Ao fazer sua higiene pessoal, escova os dentes e lava-se sem precisar de tanta supervisão;
- Segura o lápis com mais segurança;
- Desenha uma figura humana reconhecível, com diferenciação de partes do corpo;
- Seu desenho é realista e objetivo;
- Já é capaz de recompor o retângulo com as duas metades de um cartão cortado na diagonal;
- Preocupa-se em terminar o que começou;
- Na conversação, conclui o pensamento que iniciou e revela autocrítica;
- Já conta até dez objetos e faz somas simples dentro desse limite;
- É ansiosa por conhecer realidades;
- Já tem ouvido e olho para detalhes;
- Prefere brincar em grupo;
- Gosta de construções de casas, garagens, cidades, de fantasiar-se e dramatizar;
- Começam as diferenças de interesses entre meninos e meninas;
- Curiosidade pelas diferenças de sexos;
- Começa a compreender os diferentes papéis que cada sexo desempenha na vida;
- Possui mais segurança, mais confiança nos outros, mais aceitação das regras sociais, seriedade, persistência, sociabilidade, controle emocional;
- O grafismo alcança a cena já organizada em conjunto único, o que prova o nível de organização do pensamento e a orientação espacial já estabelecida;
- Já lida com três atributos simultaneamente, o que significa lidar com abstrações extraídas do material concreto;
- Ainda está descobrindo as diferenças entre realidade e fantasia;
- Chega à média de 2.200 palavras;
- A coordenação olho-mão não é ainda absolutamente perfeita;
- Começa a compreensão de como uma coisa pode levar à outra, isto é, de causa e efeito, de como as partes podem adaptar-se para formar uma totalidade e da lógica das normas;
- Já tem a noção de certo e errado;
- Preocupa-se muito em estabelecer padrões internos de certo e errado;
- Desenvolvimento da compreesão e poder de raciocínio;
- Período de grande crescimento longitudinal, que varia de acordo com os antecedentes biológicos;
- É ágil e possui bom controle muscular;
- Anda, corre e pula com firmeza;
- Desenha com segurança; tem bom domínio muscular no manejo de ferramentas simples e em atividades tais como jogos de encaixe e recortes;
- Aumenta consideravelmente o período de tempo em que é capaz de concentrar-se;
- Tudo investiga e verifica, formando os próprios conceitos;
- Tem boa memória;
- Planeja o que vai desenhar e critica o resultado de seu trabalho;
- É sensível a certas situações sociais; manifesta mais claramente ansiedades e temores;
- Identidade firmemente estabelecida (a base do caráter e da personalidade já está assentada);
- Suas brincadeiras são mais organizadas;
- Grande parte dos ensinamentos que recebe ocorre sob a forma de jogos, mas isso não pode substituir as brincadeiras;
- Equilíbrio entre educação e brincadeira é o aspecto crucial dos 5 anos;
- As atitudes adquiridas em relação à aprendizagem terão efeitos duradouros.
4 ANOS
- Atingiu a idade para iniciar suas experiências de vida social e grupal;
- Combinação de independência e sociabilidade;
- Mostra-se ativa e muito questionadora;
- Já não procura tanto a proteção do adulto;
- Há maior interesse pelas atividades que executa;
- Há intenso prazer na atividade lúdica;
- Começam as atividades em grupo, preferindo grupos de dias ou três crianças;
- Já consegue emprestar os seus brinquedos;
- Ainda é presa a muitos medos: de escuro, de cão etc;
- Já se veste quase sozinha;
- Precisa de um pouco de ajuda para abotoar ou dar laços;
- Sabe usar os sanitários com asseio;
- Gosta de tomar banho com outras crianças para satisfazer curiosidades que começam a surgir;
- Chega à média de 1.500 palavras;
- Já é capaz de pular, mas ainda não pode fazê-lo em sequência, como pular corda;
- Tem bom equilíbrio;
- Sente prazer em vencer dificuldades e obstáculos;
- Maior independência da musculatura das pernas;
- Pernas, tronco e braços reagem menos em uníssono;
- Tem coordenação motora mais fina (já consegue enfiar uma agulha de trico em um orifício pequeno);
- Seus gestos são mais refinados e preciosos;
- Em seus desenhos já presta atenção a um detalhe isolado;
- Consegue copiar um quadrado e um círculo, traçar uma cruz;
- A figura humana consiste de cabeça e dois apêndices e, possivelmente, de dois olhos (raramente as crianças fazem o tronco antes de 5 anos);
- Há compreensão dos significados de dia e noite, porém é difícil calcular a duração de cada período;
- Suas idéias estão muito relacionadas com os objetos reais que ela pode ver e tocar.
- É capaz de encarregar-se de recados simples;
- Recorta com tesoura, cola e colore, constrói casas com blocos de armar, desenha retratos quase reconhecíveis de pessoas, pode separar core, modelos e tamanhos;
- Tenta explicar o que não compreende pela magia;
- À medida que o pensamento se organiza, irá construir cenas (as figuras ainda são isoladas e soltas no espaço, não havendo traço de união ou relação entre elas);
- Começa a demonstrar possibilidade de reconhecer quantidades pequens (até cinco elementos);
- Aprecia histórias mais longas, revelando maior preferência pelas de vida real e bichinhos humanizados;
- Reconhece os nomes dos coleguinhas e nomes de propaganda (Coca-cola, Itaú);
- Trabalha facilmente com dois atributos simultaneamente;
- Brincar, características mais típica dessa idade. Apego ao próprio mundo da fantasia;
- Mostra-se interessada em aprender o que é real em seu mundo e separá-lo do mundo do faz-de-conta da sua imaginação. Suas brincadeiras refletem o modo como ela oscila entre os dois mundos e também a ajudam a compreender a diferença entre eles;
- Nem sempre os brinquedos preferidos são cópias fiéis de objetos reais, mas sim materiais quaisquer.
3 ANOS
- É um ser independente em suas relações com o ambiente;
- Começa a usar o pronome na primeira pessoa ("eu quero");
- Começa a dissimular, isto é, já é capaz de mascarar suas intenções para obter alguma vantagem;
- Seu pensamento já estabelece relações e vínculos com experiências anteriores;
- Gosta muito de atividades motoras;
- Já se interessa por jogos de armar, de encaixes de formas simples (quadrado, triângulo e círculo) e tem persistência para resolvê-los;
- Tem bom equilíbrio e progride muito quanto à coordenação motora;
- Tem senso de ordem - geralmente arranja os blocos em fila, como um trem, ou em quadrados, como casas em disposição simétrica;
- Ainda não discrimina bem a maioria das cores, mas tem bom sentido de forma;
- Expressa-se com sentenças completas - três ou quatros palavras;
- Começa a usar palavras de maneira adulta;
- Suas explosões emocionais são geralmente breves, mas pode sentir prolongada ansiedade e ciúmes intensos;
- Sua brincadeira é ainda solitária. É realizada ao lado, paralelamente, mas não com as outras crianças;
- Já começa a entender o que significa "esperar a sua vez";
- Continua aprendendo a coordenar os músculos maiores por meio de atividades repetidas;
- Sobes escadas sem ajuda, alternando os pés;
- No desenho, encontra-se na fase da rabiscação celular (começam a aparecer as primeiras formas circulares, ainda sem intenção definida);
- No desenho, seus traços começam a ser controlados, menos confusos e menos repetitivos;
- Pode ter controle da bexiga durante o dia;
- Gosta de inventar nomes para pessoas e objetos;
- Fala sozinha, praticando a linguagem e dando forma à imaginação;
- Aparecem as dificuldades para a alimentação e para o sono;
- Aparecem sentimentos de medo;
- Através da comparação, a criança começa a perceber as diferenças entre muito e pouco; igual, maior e menor; mais e menos; grande e pequeno; fino e grosso; alto e baixo; gordo e magro; em cima e embaixo;
- Todas as atividades oferecidas devem levar ao uso do próprio corpo para proporcionar os necessários estímulos a descobertas das noções sobre ele mesmo, bem como sua localização no espaço (orientação espacial). As atividades podem ser: escorregar e balançar ou brincadeiras de pulos, saltos, danças e correrias;
- Brinquedos e materiais devem favorecer toda a sorte de experiências visuais, táteis, olfativas etc..., através da manipulação de objetos: desenho, recorte, colagem, pintura e dramatização.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
CARACTERÍSTICAS GERAIS DE CRIANÇAS DE 2 ANOS
- Na habilidade manipulativa são observados progressos;
- Sobe escadas colocando os dois pés em cada degrau;
- Participa do ato de despir-se e descalçar-se;
- Rabisca numa folha grande de papel (rabiscação contínua em várias direções);
- Encaixa cubos de diferentes dimensões;
- Identifica algumas cores, embora não cite ainda seus nomes;
- Conta por imitação e memorização, sem que isto signifique compreensão da quantidade;
- Reconhece pessoas ou objetos vistos cerca de dois meses antes;
- Forma frase com duas ou três palavras, apresentando grande aumento de vocabulário;
- Reconhece expressões fisionômicas;
- Reconhece a mãe em fotografias;
- É negativista (gosta de "ser do contra", recusar, protestar);
- Começa a procurar um companheiro para brincar (a convivência com estranhos é útil para seu desenvolvimento socioemocional);
- Já se interessa por ouvir algumas histórias de livros ilustrados que lhe permitem explorar um mundo maior através do faz-de-conta e da fantasia;
- O controle dos esfíncteres é gradativamente alcançado;
- Presença do monólogo infantil em que a criança faz representações combinando as ações com as palavras;
- Ocorre a imitação dos pais, mostrando isso em brincadeiras caracterizadas pela imaginação;
- Gasta grande parte do seu tempo fazendo tentativas obstinadas de independência (quer "descobrir" as coisas por conta própria);
- Rebeldia e tirania - é incontrolável e impulsiva;
- Suas afeições e ciúmes centralizam-se na família;
- Desenvolvimento rápido (em todos os sentidos);
- Absorve muita coisa olhando e imitando, por meio de atividades e das próprias vivências;
- Ocorre nessa fase o período de maior desafio - período de afirmação, de independência como maior descoberta.
Fonte: Caderno de Orientações - Anual - 2004 - do Colégio Objetivo (Educação Infantil)
domingo, 14 de fevereiro de 2010
AO CONTRÁRIO, AS CEM EXISTEM - Loris Mlaguzzi
"A criança
é feita de cem.
A criança tem
cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.
Cem sempre cem
modos de escutar
as maravilhas de amar.
Cem alegrias
para cantar e compreender.
Cem mundos
para descobrir.
Cem mundos
para inventar.
Cem mundos
para sonhar.
A criança tem
cem linguagens
(e depois cem cem cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separaram a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
De descobrir o mundo que já existe
e de cem
roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Dizem-lhe:
que as cem não existem
A criança diz:
ao contrário, as cem existem".
O QUE SE PRETENDE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A prática da Educação Infantil deve se organizar de modo que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
- desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
- descobrir e conhecer progressivamente o próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
- estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo a auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
- estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
- observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrantes, dependentes e agentes transformadores do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
- brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
- utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreenderem e serem compreendidas; expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
- conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
O ATO DE APRENDER
- O ato de aprender sempre pressupõe uma relação com outra pessoa - a que ensina - o professor.
- Aprender sempre é aprender com alguém.
- O valor da relação entre um professor e seu aluno, não está na informação que é transmitida de um para outro, mas sim nas relações afetivas estabelecidas entre eles (TRANSFERÊNCIA).
No decorrer do período de latência (6 a 12 anos), são os professores e geralmente as pessoas que têm a tarefa de educar que tomarão para a criança o lugar dos pais (cuidadores), e que herdarão os sentimentos que a criança dirigia a este último. Os educadores, investidos da relação afetiva primitivamente dirigida ao cuidador, se beneficiarão da influência que esse último exercia sobre a criança positiva ou netaviva.
A CRIANÇA E O APEGO
Só existe comportamento de apego quando se verifica que além de reconhecer a mãe o bebê comporta-se de modo a manter proximidade com ela.
- PRIMEIRO ANO = bebê protesta quando é posto no berço e, mais tarde, ao notar que a mãe desapareceu de sua vista. Existem bebês que, quando a mãe sai, estão absortos em alguma outra atividade, mas quando notam a ausência protestam também. Isso leva o bebê a ficar profundamente atento ao paradeiro da mãe, vigiando-a ou, se ela estiver longe da vista, escutando o som de seus movimentos.
- 11 OU 12 MESES = torna-se apto, ao notar o comportamento da mãe, a prever a partida iminente dela e começar a protestar antes que ela saia. Sabendo que isso acontecerá, muitos pais escondem os preparativos de saída, para evitar protestos.
- APÓS OS 3 ANOS = a criança torna-se cada vez mais apta a sentir-se segura num lugar estranho com figuras subordinadas de apego = familiar, professora.
- APÓS OS 4 ANOS (ao longo dos primeiros anos escolares) = quando saem em passeios de mãos com os pais, quando sentem-se magoados por outras crianças buscam os pais ou substitutos. Durante toda latência o comportamento de apego continua sendo um traço dominante na sua vida.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
LATÊNCIA
Período que vai do declínio da sexualidade infantil (5/6 anos) até o início da puberdade, e que marca uma pausa na evolução da sexualidade.
Nesta fase surgem forças psíquicas contrárias que visam suprimir as sensações de desprazer: repugnância, pudor, vergonha, exigências morais. É uma fase de notáveis mudanças psicológicas e sociais com intensa atividade e gasto de energia.
A maneira como se instituiu e se desenvolveu o processo de latência dirá dos processos da puberdade e adolescência.
PUBERDADE
- É "preparada" nas etapas anteriores da vida e ocorre de maneira natural quando os aparatos estão prontos para enfrentá-la (maturação);
- Processo de inúmeras transformações físicas e psíquicas;
- É dolorido, angustiante, difícil, levando a sentimentos de estranheza, solidão, desamparo, desencanto e ansiedades confusionais;
- Há uma desilusão com relação ao modelo de mundo experimentado na infância e, simultaneamente, uma busca por se realizar e se encontrar.
COMO É A PUBERDADE HOJE?
- Meninas: as brincadeiras cada vez mais cedo são substituídas por maquiagens, roupas de adolescentes, festas e interesse pelos meninos;
- Infância encurtou e adolescência se prolongou;
- Afrouxamento de regras, valores e limites;
- Adiantamento da idade da menarca (primeira mestruação) em 4 meses/década;
- Adiantamento da pré-adolescência;
CAUSAS
- Precocidade nos diferentes aspectos sociais e cognitivos;
- Forte apelo sexual nos meios de comunicação;
- Falta de limites claros estabelecidos pelos pais;
- Delegação da educação para a escola;
- Marketing (idade que determina o consumo);
- Convivência e participação na vida dos pais;
- Indiferenciação de papeis;
- Acessos irrestritos e ilimitados à TV e Internet - assuntos às vezes acima da capacidade de compreensão cognitiva e emocional;
- Ambientes familiares permissivos / abandonantes;
- Preferência por companhias virtuais;
- Mudanças na família e substituição das funções maternas/paternas;
- Escolas: novas configurações sociais, cultura da imagem, possibilidades de viver inúmeras experiências indiscriminadamente;
- Terceirização da Educação;
- Avanços tecnológicos = velocidade, atendimento sistemático das necessidades imediatas da criança e o desenvolvimento da cultura do prazer - gerando não tolerância à frustração;
- Fenômeno da juvenilização.
CONSEQUÊNCIAS
- Pais querendo colocar os filhos na 1ª série prematuramente, o que reverte em problemas emocionais importantes pos etapas são "puladas";
- Transtornos de aprendizagem, TDAH, transtornos de personalidade, etc;
- Pais preocupados mas sem saber como agir (proliferação de livros de auto ajuda e programas do tipo Supernanny).
CONCLUSÕES
- Crianças pressionadas a se "apressarem";
- Estereotipização de condutas e costumes = pseudo-adultez;
- Dificuldades nos processos simbólicos;
- Elevado nível de ansiedade infantil;
- Poucas brincadeiras;
- Excessiva preocupação de pais com o sucesso dos filhos - o brincar é preenchido com atividades que preparem para o futuro profissional;
- Pais cada vez com menos tempos para ouvirem as necessidades reais de seus filhos.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
TEORIAS EVOLUTIVAS (PRÉ-ESCOLA)
- Para Freud o comportamento é governado por processos conscientes e inconscientes, sendo que o mais elementar deles é a pulsão sexual intintiva e inconsciente, chamada de libido.
- A libido já está presente ao nascimento e nos acompanha ao longo de toda vida.
- A personalidade possui uma estrutura dividida em:
- ID = onde a libido está concentrada;
- EGO = elemento consciente e executor (se desenvolve dos 2 aos 5 anos);
- SUPEREGO = instância moral que incorpora as normas e limites da família e da cultura (inicia o seu desenvolvimento um pouco antes da idade escolar).
- A criança em idade pré-escolar está no estágio fálico (representação do órgão sexual), ou seja a concentração da libido se localiza na região genital, fazendo com que menino e meninas, com toda a naturalidade, iniciem a masturbação.
FREUD E O COMPLEXO DE ÉDIPO
- É o conjunto de defesas inconscientes que a criança em sua fase fálica desenvolve pela figura parental do sexo oposto.
- Entre os 3 e os 5 anos, a criança encontra-se em uma relaçãao triangular com os pais, percebendo pela primeira vez que eles têm uma relação a dois, da qual éstá excluída.
- O menino manifesta um apego excessivo à mãe, passando a ver o pai como um rival.
- PAI = figura poderosa e ameaçadora. Poder de castração (reprimir ou anular os desejos);
Interioriza o poder do pai, seus valores e julgamentos morais. Base para a formação do seu superego.
- A menina precisa manter uma relação com a mãe, ao mesmo tempo em que compete e se identifica com ela. Ocorre a complexidade das tarefas psicológicas que possui duas fases:
- 1ª) Em torno dos dois anos e meio aos três anos: é semelhante à do menino, a mãe é o objeto da relação fálica-edípica, e o pai, seu rival/amado.
- 2ª) Em torno dos 3 anos e meio a 4 anos: o desenvolvimento normal da menina é transferir sua energia e interesse da mãe para o pai.
- A não resolução desta fase pode levar a fixação ao estado fálico-edípico, causando sintomas mais tarde como histeria e fobias.
- Para Freud, o menino possui uma natureza bissexual, podendo assim, se comportar com uma atitude feminina e afetiva em relações ao pai e uma correspondente inveja e hostilidade em relação a mãe.
ERICKSON E A INICIATIVA x CULPA
- Considera que cada estágio do desenvolvimento humano está ligado a uma determinada tarefa social e chamou esses estágios de "psicossociais".
- O estágio "iniciativa X culpa" é caracterizado pela aquisição de novas habilidades ou capacidades, já que aos 4 anos é capaz de planejar, tomar iniciativas na busca de determinadas metas e ter um domínio maior da linguagem.
- Alguma culpa é necessáriaa, pois sem ela não haveria consciência ou autocontrole. A culpa em demasia é capaz de inibir a criatividade da criança e suas livres interações com os outros.
- A chave para uma evolução adequada nesse período está no equilíbrio entre as habilidades e as necessidades emergentes da criança e a capacidade dos pais de protegê-la e de ter controle sobre seu comportamento.
IDENTIDADE DE GÊNERO
- Para Freud, o desenvolvimento psicológico é o mesmo para ambos os sexos até a fase fálica, quando ocorre a descoberta das diferenças anatômicas pela criança.
- O conceito de identidade de gênero refere-se a uma configuração psicológica que combina e integra a identidade pessoal e o sexo biológico.
- A identidade de gênero tem sido definida como a capacidade da criança reconhecer que é membro de um sexo e não de outro.
- Para Stoller essa consciência é consolidada em torno dos 3 e 4 anos.
O DESENHO DA CRIANÇA PRÉ-ESCOLAR
A FIGURA HUMANA
- Na transição entre a fase anal e o início da fase pré-escolar, a criança desenha o corpo como um grande saco que contém órgãos soltos dentro do continente que a pele representa.
- A partir dessa época, o desenho humano começa a ser mais completo com cabeça e olhos, sem outras estruturas faciais.
- Aos 4 anos, a metade das crianças desenha pernas e pés.
- Aos 5 anos, inicia o desenho com algum planejamento em mente, e o resultado geralmente é reconhecível.
- Ao final da fase, espera-se que desenhe uma figura humana completa, o que significa que já apresenta uma melhor noção do se próprio corpo.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA PRÉ-ESCOLAR
- Encontra-se no estágio pré-operacional.
- Utiliza plenamente a capacidade simbólica. Distingue a imagem daquilo que ela significa.
- Período de transição entre uma inteligência sem linguagens e conceitos (sensório-motor) e a inteligência representativa (operações concretas e formais).
- Não segue um raciocínio lógico e não compreende conceitos abstratos.
- A atenção não contempla dois objetos de uma só vez: centralização.
- O pensamento pré-operacional é estático: capta estados momentâneos sem juntá-los em um todo.
- A noção de tempo está relacionada as atividades diárias, não há compreensão de horas ou minutos.
- Pode culpar-se por conflitos familiares ou por outros eventos completamente fora do seu alcance.
- Não é capaz de estabelecer fronteiras entre os seus pensamentos e os pensamentos alheios.
- O animismo consiste em crer que todas as coisas são vivas.
- Aprende que a linguagem eficaz é imprescindível para o trato social e que seus conceitos não são comuns a todas as pessoas.
LINGUAGEM DO PRÉ-ESCOLAR
A criança só falará e entenderá aquelas linguagem a qual for exposta.
Forte participação dos mecanismos biológicos e sociais.
Todas as crianças seguem a mesma sequência de desenvolvimento.
Erros na articulação das palavras não devem ser incentivados, pois isso pode causar uma infantilização.
MOTRICIDADE DA CRIANÇA PRÉ-ESCOLAR
- O desenvolvimento motor é um processo contínuo e pode ser categorizado como o desenvolvimento da locomoção, da postura e da preensão. A velocidade desse desenvolvimento varia de criança para criança. Pouco estímulo retarda o desenvolvimento e muito estímulo NÃO acelera o desenvolvimento.
- O refinamento das capacidades motoras, depende, em grande parte, do desenvolvimento do músculos e dos tratos neurais.
- Outros fatores que auxiliam o desenvolvimento são:
- A inteligência inata (maior a inteligência, mais rápido ocorre o desenvolvimento);
- Padrões familiares (atraso na fala e no controle dos esfíncteres);
- O ambiente (falta de estímulo adequado);
- Condições físicas (hipotonia ou surdez)
- Percebe que as capacidades verbais são uma das maneiras de solucionar problemas e ajudar os outros.
CORTES TRANSVERSAIS
- A partir do 3º ano, prefere estar com outras crianças, é generosa e está mais independente dos pais.
- Seu equilíbrio está mais estático e dinâmico, conseguindo permanecer em posição ortostática (em pé) com os pés juntos por até 30 segundos.
- Consegue realizar duas ou mais atividades ao mesmo tempo.
- A coordenação motora reflete na capacidade de construir, copiar e segurar.
- Nas habilidades sociais, a criança deve estar treinada para ir ao banheiro, compreender a noção de revezamento, brincar com outras crianças, lavar e secar as mãos, usar a colher e colocar os sapatos.
- Aos 4 anos está sempre disposta a brincar, indica preferências. Instala-se a persistência motora. Fica em um pé, salta em um pé, desenha pessoas com duas partes e acrescenta três partes a um homem incompleto.
- Mostra-se bem independente nas rotinas da vida doméstica.
- A partir dos 4 anos, está apta para aprender um novo idioma, o que diminui após os 12 anos.
- Aos 5 anos o controle motor está bem amadurecido. É capaz de usar a tesoura, pode estar andando de bicicleta, gosta de velocidade e desafios, prefere jogos associativos. A persistência motora se intensifica. Acrescenta 8 partes a um homem incompleto, conta até 10 e escreve o seu nome.
- Veste-se sozinha, faz o laço do sapato, tem necessidade de praticar esportes, conta uma história longa, nomeia e conhece todas as cores, brinca de vestir-se como adulto (TUDO AOS 5 ANOS).
- Aos 6 anos, instala-se a noção de direita e esquerda. Consegue andar para trás. Alterna movimentos de mão e pé direitos com os esquerdos.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A CRIANÇA PRÉ-ESCOLAR
ASPECTOS GERAIS
- A criança está na faixa etária dos 3 aos 6 anos.
- No desenvolvimento as mudanças físicas são as mais marcantes - crescimento, amadurecimento neurológico e aquisição de habilidades (linguagem e socialização), tornando-a mais independente e com maior capacidade de exploração.
- É capaz de expressar sentimentos complexos - amor, infelicidade, ciúme e inveja - de forma verbal e não verbal. Mas esses sentimentos são ainda muito auto centrados.
- Preocupa-se intensamente em ter aprovação e aceitação das pessoas queridas de quem depende.
- Deve estar pronta para entrar na escola. Domina as tarefas primárias de socialização - controla os esfíncteres, veste-se e alimenta-se sozinha, além de conseguir controlar suas lágrimas e ataques de raiva.
- Ocorre o surgimento de sentimentos de vergonha e humilhação.
- Começa a ter consciência da genitália e das diferenças entre os sexos. Brinca de médico e de enfermeira.
- Demonstra grande ansiedade quanto a ferimentos corporais e doenças. Fase "band-aid".
- Aos 4 anos é muito curiosa, pergunta tudo, brinca com as palavras, quer saber o significado, é questionadora, dá respostas longas para perguntas simples, aprova alguns comportamentos e outros critica, comenta seus desenhos. É o desabrochar da linguagem.
- Aos 5 ou 6 anos, a criança consegue mocimentar-se com confiança para todas as direções. Já lava as mãos, o rosto, escova os dentes, sobe escadas com um pé em cada degrau, anda em triciclo e utiliza as mãos para pequenos movimentos (pegar e segurar).
- As capacidades motoras e a sua estimulação estão relacionadas com a atitude dos pais. Pais muito exigentes ou detalhistas podem interferir negativamente.
- Nessa idade (5 ou 6 anos) possui a coordenação visomotora para chutar e rebater bolas. É capaz de brincar construtivamente com outras crianças e gosta de blocos para montar.
- Usa a linguagem eficientemente.
Fenômenos e Objetos Transicionais
A maioria das crianças possuem um objeto transicional (pedaço de pano, cobertor, travesseiro, cheirinho...), que recorrem quando precisam de algum consolo. Esse objeto parece representar um meio passo entre o apego consigo mesma e o apego com o mundo externo.
Algumas crianças se negam a dar certos passos por medo de não estarem preparadas e por acharem esses passos muito mais problemáticos do que prazerosos.
A criança tem medo de perder o amor dos pais se não fizerem o que eles pedem, isso pode causar alguns problemas como ansiedade de separação, transtornos do sono e temores inexplicáveis.
A criança aprende que pode viver momentos difíceis e superá-los. Isso ocorre por meio do vínculo afetivo entre os pais e a criança, que vai internalizando a função de apoio, levando dentro de si a proteção dos seus pais.
QUEM É
(clique no nome para conhecer a sua biografia)
O Objeto Transicional na visão de WINNICOTT:
É a área intermediária entre o subjetivo e o objetivo; entre satisfações auto-eróticas e relações objetais.
O objeto, geralmente macio, adquire importância, sendo assim, o bebê recorre a este objeto em situações de angústia.
Os objetos são pré-simbólicos.
Destino do objeto = esquecimento, abandonado progressivamente (a criança não o esquece, mas também não chora por ele).
É sobre esta base que se constrói o pensamento simbólico, pois o objeto transicional é a primeira coisa que no bebê já está representando simbólica e subjetivamente a outra coisa.
O objeto auxilia na capacidade de espera, tolerância à frustração, reunião com a mãe que não está - ocupa o lugar dela - mas JAMAIS a substitui.
FENÔMENOS TRANSICIONAIS
São mais amplos que os objetos, pois se espalham por todo o território intermediário entre a realidade psíquica interna e o mundo externo (criações artísticas, música, etc.).
Usa-se o termo TRANSICIONAL, não por causa do objeto, mas por causa do uso que se faz dele.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Desenvolvimento Emocional e Social
- Nessa fase a criança começa a conciliar o impulso de ser competente e auto-suficiente com a intensa necessidade de ser querida e protegida por seus pais.
- Os pais devem ter uma atitude compreensiva e estimulante, pois isso gera a autoconfiança necessária para buscar novos horizontes.
- Ocorre o afastamento da união simbiótica (a criança percebe que não irá perder a mãe) com a mãe.
- Fase da constância do objeto = A criança é capaz de manter a representação mental da mãe, mesmo estando longe dela.
- A idade de 3 anos é a fase adequada para o ingresso da criança na escola maternal. A mãe pode ser substituída sem prejuízos no processo "separação-individuação".
INDIVIDUAÇÃO
São as tentativas do bebê de formar uma identidade individual única para assumir suas próprias características individuais.
Ela acarreta o desenvolvimento de uma representação interior da mãe, uma noção de tempo, uma capacidade de testar a realidade e uma consicência de que os outros possuem uma existência separada em relação à criança.
Possui 4 subfases observáveis e sobrepostas:
- Diferenciação = volta a sua atenção para o mundo exterior.
- Treinamento = a criança começa a mover-se para longe da mãe (locomoção).
- Reaproximação = a criança consegue separar-se e alcançar sua individualidade definitiva (com 18 a 36 meses).
- Constância do Objeto = os objetos não deixam de existir porque foram retirados do seu campo de visão (vital para o desenvolvimento do ego e da constância objetal emocional).
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Desenvolvimento Cognitivo e Linguistico
- Aos dois anos, a criança já fala em torno de 200 palavras, e no início do terceiro ano, ocasialmente, usa frase curtas. Aos três anos, a maioria das crianças fala razoavelmente bem, é capaz de contar uma história simples.
- A criança está adquirindo maior iniciativa e luta para fazer cada vez mais coisas por si própria, mas continua dependente da mãe ou de alguém que a compreenda verbalmente.
- O desenvolvimento da linguagem depende muito dos pais, particularmente da mãe. A criança possui uma dependência muito grande da mãe para o entendimento verbal, ocorrendo muitas vezes a criação de uma linguagem entendida só pelos dois.
- O pensamento da criança, nesse período, é egocêntrico. Isso ocorre porque a criança considera que o seu próprio ponto de vista como o único possível. Ela é incapaz de compreender que certos fenômenos são reversíveis.
- Aos dois anos, desenvolve um senso de identidade de gênero, mas a identidade sexual só será adquirida na adolescência. Adquire, também, um senso de individualidade e autonomia. Reconhece a si própria no espelho. Incorpora as palavras "eu" e "meu" e usa seu próprio nome para falar de si mesma. Ocorre uma preocupação com o seu corpo, pois passa a reconhecer como algo próprio.
- É capaz de simbolismo (o brincar de faz de conta). Durante o segundo ano, manipula objetos para reproduzir atos observados nos adultos (imitação / papai e mamãe / casinha).
- Por volta dos 18 meses, fica inibida na frente de outras crianças, mas aos 2 anos essa reação começa a desaparecer. Aos 3 anos, já consegue se engajar em brincadeiras e usa outras crianças como modelos.
- A criança fica interessada em explorar violações de regras adultas e eventos que provocam desaprovação nos outros. É o começo de seu senso moral de certo ou errado.
Desenvolvimento Neuropsicomotor das crianças de 1 a 3 anos
- Entre um e três anos é que a criança aprende a caaminhar sem ajuda. Se consolida entre os 18 e 30 meses. Esse amadurecimento tem como tarefa a de integrar a emoção de explorar o mundo sem a ajuda dos pais, com a sensação de proteção e segurança que deriva da presença deles.
- É nessa fase que ocorre o treinamento do controle dos esfíncteres, e são necessárias 3 exigências:
- Deve ser capaz de controlar seu esfíncter anal e uretral. O controle vesical vem antes do controle anal (15 e 30 meses).
- A criança deve ser capaz de adiar a vontade logo que sente o impulso.
- A criança precisa dar um aviso a um adulto sobre a vontade de ir ao banheiro.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
A CRIANÇA DE 1 A 3 ANOS
- É ousada e se aventura constantemente. Tem o dom de viver o momento e de maravilhar-se com o cotidiano. É caprichosa, imprevisível e seu comportamento pode ser difícil de compreender e de lidar.
- Segundo e terceiro ano são caracterizados pela aceleração do desenvolvimento motor e intelectual. Fase crítica para o estabelecimento da confiança básica no "eu" e do senso de iniciativa. Reconhece que os pais são pessoas separadas dela, mas ainda existe uma certa ansiedade.
- O período de locomoção é o estágio da autonomia X vergonha e dúvida.
A fase anal é uma fase marcada por uma dupla oposição, um duplo conflito: por um lado passividade - atividade (evacuar / agradar), por outro, submissão - dominação (reter / agradar).
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
O MUNDO DA CRIANÇA
"A educação da criança pequena envolve simultaneamente dois processos complementares e indissociáveis: educar e cuidar. As crianças dessa faixa etária, como sabemos, têm necessidades de atenção, carinho, segurança, sem as quais elas dificilmente poderiam sobreviver. Simultaneamente, nesta etapa, as crianças tomam contato com o mundo que as cerca, através das experiências diretas com as pessoas e as coisas deste mundo e com as formas de expressão que nele ocorrem. Esta inserção das crianças no mundo não seria possível sem que atividades voltadas simultaneamente para cuidar e educar estivessem presentes".
(EDUCAÇÃO INFANTIL PRA QUE TE QUERO? - Carmem Craidy e Gládis E. Kaercher - Ed. Artmed - 2001)
A CRIANÇA DE 0 A 3 ANOS
GRAVIDEZ:
Ocorre a ruptura da relação única do casal, pois agora existe uma 3ª pessoa nessa relação - o bebê.
Ocorre uma relação muito íntima entre feto e a mãe. O bebê sente o que a mãe sente.
Durante a gravidez, o filho já possui uma vida imaginária, um destino marcado pelos pais.
OS PRIMEIROS MESES DE VIDA:
O recém nascido mostra uma nítida preferência pelo visual de rostos humanos.
Desde as primeiras horas é capaz de olhar e até mesmo voltar a cabeça em direção ao som.
A voz humana é capaz de provocar sorrisos, muito mais do que outros sons. Isso ocorre principalmente com o som da voz da mãe.
O bebê é capaz de distinguir o cheiro do seio de sua mãe com o de outra mulher.
Sente os 4 sabores primários (doce, salgado, ácido, amargo), mas a sua preferência é pelo doce. A audição já perceptível a partir do 5º mês de gestação. Em relação ao olfato, o mesmo já é idêntico ao de um adulto.
Nos primeiros dois meses, sua tolerância é limitada com relação aos estímulos sociais. Possui um estado de alerta silencioso por curtos períodos de tempo.
A motricidade mais conhecida é do tipo "reflexo"; - sucção (língua), pontos cardeais (orientação em direção ao estímulo).
Com dois meses, os ciclos de sono e atividade estabilizam-se os padrões motores mais maduros e a visão mais expandida.
Sono = A mãe influencia profundamente a regulação dos estados de vigilância do bebê (são 6 os estados de vigilância: sono calmo, sono REM, sonolência, alerta quieto, alerta ativo e choro). Os estados de vigilância não são somente realidades neurobiológicas, mas também verdadeiras "mensagens" para os pais.
O temperamento (diferenças comportamentais) do bebê que é inato e primitivo parece ser biologicamente determinado e é relativamente estável durante os anos pré-escolares, podendo influenciar o desenvolvimento da criança. As diferenças comportamentais são: irritabilidade, consolabilidade, capacidade do bebê de se auto acalmar, intensidade da atividade motora e de sucção nas mamadas. Essas características sãao diferenciadas em cada bebê.
Importância do contato de pele entre mãe e bebê desde os primeiros momentos, para que haja um bom desenvolvimento e ajuda na elaboração da perda.
O aleitamento no peito, constitui uma das modalidades essenciais da interação mãe-bebê. O bebê não é passivo nessa situação, pois ele intervém na sucção do mamilo, além de se acomodar com movimentos ativos contra o corpo da mãe.
ORGANIZADORES PSÍQUICOS = São os sinais que indicam que o bebê atingiu um certo grau de organização interna.
Sorriso Social - 2 ou 3 meses = há uma intencionalidade dirigida, ligada aos afetos.
Ansiedade ante estranhos - 7 e 8 meses = ligado à ausência da mãe. O bebê desenvolve a capacidade de organizar na memória os fatos e as pessoas do ambiente.
Aquisição da Negação - 11 e 13 meses = aumento da autonomia
Entre o 3º e o 4º mês ocorrem as mudanças fundamentais na mente e no corpo do bebê. Já conhece a mãe, a ama e a rechaça.
Aos 4 meses, inicia-se a atividade lúdica. Capaz de controlar seus movimentos, coordenar o movimento com os olhos e já pode tocar nos objetos com as mãos. Brinca com seu corpo e com os objetos, desaparece através do lençol (são as primeiras experiências de separação).
A primeira tentativa de expressão verbal é a produção de sons e a repetição dos mesmos, a escuta e a mudança da sua expressão.
Com 4 a 6 meses, o bebê é capaz de sentar. Já consegue se apoderar do que necessita. Reclama com urgência incontrolável a presença dos pais. Chora e fica com raiva quando não é aatendido.
O pior medo é o da separação. Sofre verdadeiras depressões.
Surge os dentes.
ALGUNS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO III
- ANTON MAKARENKO (1888-1939) = O mestre ucraniano concebeu um modelo de escola baseado na vida em grupo, na autogestão, no trabalho e na disciplina, contribuindo para a recuperação de jovens infratores.
- CÉLESTIN FREINET (1896-1966) = O educador francês desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal da classe, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática.
- JEAN PIAGET (1896-1980) = O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a Educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado.
- LEV VYGOTSKY (1896-1934) = A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.
- ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971) = O educador propôs e executou medidas para democratizar o ensino brasileiro e defendeu a experiência do aluno como base do aprendizado.
- CARL ROGERS (1902-1987) = Para o fundador da terapia não-diretiva, a tarefa do professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que quiser.
- B.F.SKINNER (1904-1990) = Para o psicólogo behaviorista norte-americano, a Educação deve ser planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados na "modelagem" do aluno.
- FLORESTAN FERNANDES (1920-1995) = O sociólogo não só refletiu sobre a escola brasileira, apontando seu caráter elitista, como também atuou pessoalmente em defesa da Educação para todos.
- PAULO FREIRE (1921-1997) = O mais célebre educador brasileiro autor da Pedagogia do Oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar ao aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.
- EDGAR MORIN (1921) = Sociólogo francês propõe a religação dos saberes com novas concepções sobre o conhecimento e a Educação.
- MICHEL FOUCAULT (1926-1984) = Por meio de uma análise histórica inovadora, o filósofo francês viu na Educação moderna atitudes de vigilância e adestramento do corpo e da mente.
- EMILIA FERREIRO (1936) = A psicolinguista argentina desvendou os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, o que levou os educadores a rever radicalmente seus métodos.
- HOWARD GARDNER (1943) = A idéia de que existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático, apresentada pelo psicólogo, causou grande impacto nos meios pedagógicos.
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