CONCEPÇÃO COMPORTAMENTALISTA
- Aluno sujeito passivo;
- Professor centro do processo - atividades planejadas pelo professor como ponto de partida e de chegada para a aprendizagem da criança.
- Constatação e registro dos resultados alcançados pelas crianças, a partir das ações dirigidas pelo professor - comportamentos ou capacidades finais (produto);
- Listagem de comportamentos uniformes, padronizados (não à diversidade) - comparação / classificação;
- Observação do desenvolvimento da criança fragmentado em áreas: cognitivo / afetivo / psicomotor (fichas de avaliação / pareceres descritivos);
- Função compensatória da avaliação - prepara para a 1ª série.
CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA
Aluno sujeito ativo que constrói o conhecimento na interação com o objeto do conhecimento;
Ponto de partida não é a atividade planejada pelo professor mas a ação da criança sobre ela - a partir da observação e reflexão das suas reações, tentativas, limites e possibilidades, a professora planeja a ação pedagógica, problematizando a ação conhecedora de seus alunos.
CONCEPÇÃO SOCIOINTERACIONISTA
Aluno sujeito que constrói o conhecimento através da interação com os outros;
A criança transforma as informações que recebe de acordo com as informações e conhecimentos por ela já adquiridos em situações vividas com os outros parceiros - importância das pistas do professor / grupo.
AVALIAÇÃO MEDIADORA
Assumir tais concepções - construtivista e/ou sociointeracionista - implica o abandono da postura de avaliação direcionada para a constatação e registro dos resultados alcançados pela criança, representado por listagens de comportamentos uniformes, padronizados, a partir das ações dirigidas pelo professor.
A ênfase passa a ser a busca de enstratégias para medir a ação da criança, favorecendo-lhe desafios, tempo, espaço e segurança em suas experiências.
PRINCÍPIOS PARA UMA AVALIAÇÃO MEDIADORA
Democratizar e criar espaços de participação;
Avaliar cotidianamente e não apenas em situações formais;
Avaliar todo o processo e não apenas o produto final;
Alterar a postura frente ao erro;
Trabalhar coletivamente a avaliação (pontos de vista);
Utilizar diferentes instrumentos para construir o olhar sobre o desenvolvimento e aprendizagem das crianças;
Respeitar o princípio de atenção à diversidade;
Verificar os esquemas cognitivos, sentimentos, interesses, predisposições, habilidades e as capacidades das crianças;
Centrar naquilo que as crianças são capazes e não no que lhes falta.
CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO MEDIADORA
Espontânea (sem ser espontaneista);
Provocativa;
Desafiadora;
Questionadora;
Problematizadora;
Respeitadora.
O professor investigador é aquele que amplia o seu olhar e que cria contextos da aprendizagem para todos e para cada aluno.
Para Jussara Hoffmann, o professor torna-se investigador da história e das conquistas de cada criança e promovedor de um ambiente de confiança onde cada um de seus passos, avanços e dificuldades são observados, valorizados e repercutem em ações educativas desencadeadoras de novos conhecimentos.
AVALIAÇÃO MEDIADORA E PLANEJAMENTO
Um processo avaliativo mediador, baseado na investigação do cotidiano, não entra em sintonia com...
um planejamento rígido, com atividades elaboradas pelo professor, com rotinas inflexíveis, temas previamente definidos, sem levar em conta os conhecimentos prévios das crianças;
um planejamento com uma postura espontaneista, de improvisação, onde as atividades tem um fim em si mesma.
Para Madalena Freire, o planejamento nasce da avaliação. Pensa-se o passado e o futuro para a construção do presente.
ESTAS DUAS POSTURAS SÃO REFLEXO DE TRADIÇÕES AVALIATIVAS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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