sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ALGUNS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO II

  • JOHN LOCKE (1632-1704) = Pensador inglês via na mente da criança uma tela em branco que o professor deveria preencher, fornecendo informações e vivências.
  • JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778) = Em sua obra sobre Educação, o pensador suíço prega o retorno à natureza e o respeito ao desenvolvimento físico e cognitivo da criança.
  • JOHANN HEINRICH PESTALOZZI (1746-1827) = Para o educador suíço, os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança.
  • JOHANN FRIEDRICH HERBART (1776-1841) = O filósofo alemão do século 19 inaugurou a análise sistemática da Educação e mostrou a importância da psicologia na teorização do ensino.
  • FRIEDRICH FROEBEL (1782-1852) = O criador dos jardins de infância defendia um ensino sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da prática.
  • AUGUSTE COMTE (1798-1857) = Pai do positivismo, acreditava que era possível planejar o desenvolvimento da sociedade e do indivíduo com critérios das ciências exatas e biológicas.
  • KARL MARX (1818-1883) = O pensador alemão, um dos mais influentes de todos os tempos, investigou a mecânica do capitalismo e previu que o sistema seria superado pela emancipação dos trabalhadores.
  • HERBERT SPENCER (1820-1903) = Teóricos inglês buscou no evolucionismo os mecanismos e objetivos da sociedade e defendeu o ensino da ciência para formar adultos competitivos.
  • ÉMILE DURKHEIM (1858-1917) = Para o sociólogo francês, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social.
  • JOHN DEWEY (1859-1952) = O filósofo norte-americano defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a maturação emocional e intelectual das crianças.
  • MARIA MONTESSORI (1870-1952) = Segundo a visão pedagógica da pesquisadora italiana, o potencial de aprender está em cada um de nós.
  • OVIDE DECROLY (1871-1932) = O médico e educador belga defendia a idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo.
  • ÉDOUARD CLAPARÉDE (1870-1952) = O cientista suíço defendia a necessidade de estudar o funcionamento da mente infantil e de estimular na criança um interesse ativo pelo conhecimento.
  • HENRI WALLON (1879-1962) = Militante apaixonado, o médico, psicólogo e filósofo francês mostrou que as crianças têm também corpo e emoções (e não apenas cabeça) na sala de aula.
  • ALEXANDER S. NEILL (1883-1973) = O educador escocês defendia o fim da hierarquia e da rigidez como meio de formar indivíduos livres e criativos.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ALGUNS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO

Clique sobre os nomes dos teóricos para conhecer um pouco mais sobre a sua biografia.
  • SÓCRATES (469-399 a.C) = Para o pensador grego, só voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa.
  • PLATÃO (427-347 a.C) = O filósofo grego previu um sistema de ensino que mobilizava toda a sociedade para formar sábios e encontrar a virtude.
  • ARISTÓTELES (384-322 a.C) = O primeiro lógico via na escola o caminho para a vida pública e o exercício da ética.
  • SANTO AGOSTINHO (354-430) = Sábio cristão afirmava que o homem só tem acesso ao conhecimento quando iluminado por Deus.
  • TOMÁS DE AQUINO (1224/5-1274) = Doutor da Igreja inverteu prioridades no pensamento medieval, dando ênfase ao mundo real e ao aprendizado pelo raciocínio.
  • ERASMO DE ROTERDÃ (1469-1536) = Holandês anunciou o fim de predominância religiosa na Educação, defendeu a importância e o desenvolvimento do homem em todo o seu potencial.
  • MARTINHO LUTERO (1483-1546) = Fundador do protestantismo foi também um dos responsáveis por formular o sistema de ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente.
  • MICHEL DE MONTAIGNE (1533-1592) = Interiorizar-se, duvidar e entrar em contato com outros costumes e pontos de vista são as recomendações do filósofo francês para uma boa formação.
  • COMÊNIO (1592-1670) = O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e o sentimento das crianças. É conhecido como o "Pai da Didática".

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Capacidades de trabalho a serem valorizadas por todos os profissionais que estão na área da educação:

  1. Ter equilíbrio pessoal e experiência anterior.
  2. Identificar-se com o projeto político pedagógico da escola, tanto na estrutura de funcionamento quanto na cultura organizacional.
  3. Ter projeto pessoal de auto-formação profissional.
  4. Ter capacidade de trabalhar em equipe.
  5. Ter capacidade de construir uma relação de qualidade com os alunos.
  6. Ter capacidade de gerenciar a sala de aula, garantindo um clima propício à aprendizagem, ter fortes compromissos com as dificuldades dos alunos e desenvolver empatia com a faixa etária.
  7. Estabelecer vínculos afetivos e de trabalho, buscando coerência entre o discurso e a prática.
  8. Saber ensinar de modo coerente, de acordo com a demanda da instituição: ter carisma pessoal, comunicar-se com clareza, demonstrar preocupação com as questões educacionais, saber agrupar os alunos, interagir com as características do grupo-classe e favorecer a produtividade entre eles.
  9. Manter seus compromissos funcionais, como: assiduidade, pontualidade, compromisso com os prazos de tarefas, disponibilidade de tempo para reuniões, disposição para documentar seus trabalhos, saber elaborar planos de estudo e relatórios.
  10. Ser cordial com os pais dos alunos e manter uma parceria constante, visando ao melhor desenvolvimento do aluno.

A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS da Educação



Todos sabem que a influência dos pais no desenvolvimento da personalidade da criança é incontestável. Mas o que podemos dizer em relação ao papel do professor? Sua influência sobre o desenvolvimento da personalidade do aluno é relevante?


O professor deve ter plena consciência do seu papel e da importância que tem, já que a escola é o primeiro ambiente que a criança encontra fora da família.


Nos últimos anos a educação, principalmente a educação infantil, tem-se constituído alvo de atenções diversas. Inúmeros trabalhos e pesquisas tratam sobre o os profissionais que atendem a faixa etária de 0 a 6 anos, principalmente sobre o significado da sua função junto a crianças tão pequenas e o modo de preparar professores dentro de perfis que conciliem à diversidade de situações presentes dentro da educação.


A formação de professores é um dos princípios da Lei de Diretrizes e Bases que vem gerando várias discussões e interpretações. Em seu artigo 13, a LDB identifica o profissional que trabalha diretamente com as crianças e delineia o perfil desta formação, incumbindo os docentes de:


I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segunda a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


III. Zelar pela aprendizagem dos alunos.


Portanto, ser um professor não é uma tarefa fácil, já que as atitudes comportamentais das crianças exigem do professor no mínimo conhecimentos de alguns estágios que envolvem o desenvolvimento da aprendizagem.


É notória a necessidade que o professor busque refletir sobre a sua prática, a fim de direcioná-la de acordo com a realidade em que atua. Deve ser um cidadão que cumpre seus deveres, sendo uma pessoa correta e sadia. O bom exemplo é o melhor método de ensino, pois de forma incosciente, a personalidade do professor se sobrepõe ao método adotado.


O profissional da educação é um especialista no acompanhamento dos processos, envolvendo crianças dentro de um ambiente coletivo e diferente do familiar.


O novo profissional da educação deve ser um professor reflexivo em constanto formação pessoal e acadêmica, aberto a mudanças e atento as necessidades e pluralidades dos alunos a fim de oferecer-lhes um atendimento de qualidade.


Enfim, o professor deve estar preparado para conseguir por em prática alguns princípios básicos, como analisar, utilizar, promover, interferir entre outros, além de ser um pesquisador preparado para avaliar as diversas formas de aprendizagem que estimularão sua prática cotidiana e as interações construídas entre o educador, as crianças e as famílias.

sábado, 23 de janeiro de 2010

ORIGEM DAS CRECHES E PRÉ ESCOLAS

Apesar de todas as transformações ocorridas durante os séculos em relação à criança, uma pergunta ainda não tinha resposta: O que fazer com a educação das crianças de 0 a 6 anos, já que a responsabilidade do cuidado e da educação dessas crianças era total da mãe?


A fim de tentar acabar com esse problema é que Menezes Vieira fundou em 1875 o primeiro jardim de infância particular no Brasil, apesar de atender somente a aristocracia, Vieira defencia que os jardins de infância deveriam também assistir as crianças de condição econômica baixa. Mas mesmo com todo esse discurso, é só em 1896, no período republicano, que é datado o primeiro jardim de infância público em São Paulo e em 1899 surge o Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro.


Através desses dados é possível perceber que no século XIX as iniciativas ligadas a educação infantil foram muito poucas, já que o primeiro jardim de infância público foi inaugurado 21 anos após a criação do particular. Uma diferença muito importante que se deve ressaltar é no que se refere aos termos creche e jardim de infância. Enquanto a creche visava assistir as crianças que ficavam privadas dos cuidados maternos devido ao trabalho da mãe, tendo como principal objetivo evitar o abandono das mesmas por seus responsáveis, o jardim de infância pretendia exercer o papel de moralizador da cultura, transmitindo as crianças os mesmo padrões utilizados na Europa.


O atendimento de crianças em creches, a partir do seu nascimento passa a ganhar um valor social muito grande que perpassa o atendimento exclusivo aos filhos dos pobres. Muitos são os filhos de jornalistas, bancários, professores e outros, que são acolhidos nestas instituições a fim de que recebam uma educação que leva em conta a criança como um todo.


Com a crescente industrialização e urbanização do país que ocorre no século XX, a mulher começa a ter um maior espaço no mercado de trabalho, provocando um aumento das instituições de educação infantil. A partir dessas mudanças no mercado de trabalho, ocorre nos anos 80, com o processo de abertura política, a pressão vinda das camadas populares para a ampliação do acesso à escola. A educação infantil passa a ser reivindicada como um dever do Estado, que até o momento não havia se comprometido legalmente com essa função. Em 1888, após a luta de movimentos feministas e sociais, é que a Constituição Brasileira reconhece a educação em Creches e Pré Escolas como um direito da criança e um dever do Estado.


Nos anos 90, com a ampliação e o fortalecimento da concepção de infância, que procura perceber a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem ocorre através das interações entre a criança e seu entorno social, é que foi criado o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, um documenta que procura nortear o trabalho realizado com as crianças de 0 a 6 anos.


Dentro desse cenário garantido por lei os direitos da criança enquanto cidadã é que se cria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 1990 sob a lei 8069/90, que tem por principal objetivo enaltecer os direitos da criança como cidadã, separando as funções daqueles que as assistem, a família, a sociedade e a escola. Não se pode esquecer a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 que incorpora a educação infantil como primeiro nível da educação básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de ensino.


Esta faixa etária, de 0 a 6 anos, tem sido alvo de muito embate durante muito tempo entre os setores de assistência social e a educação sobre as áreas de gestão e financiamento das ações desde a consolidação da LDB.

Concepção de Infância


A concepção de infância que conhecemos hoje é muito diferente da existente há alguns séculos atrás. Não podemos nos esquecer que a visão que se tem da criança é algo construído historicamente, o que nos permite perceber os grandes constrastes em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos. Por maior estranheza que nos cause, nem sempre a humanidade viu a criança como um ser individual, único, pelo contrário, tratou-a por muito tempo como um adulto em miniatura.

Portanto, para entendermos essa questão é necessário revermos dentro da história o sentimento de infância, entendermos, defini-lo, além de registrarmos o seu surgimento e a sua evolução.

A partir do século XVII com a chegada das grandes transformações sociais é que se inicia, definitivamente, a construção de um sentimento de infância. Dentre essas grandes transformações estão a reforma religiosa católica e protestante que auxiliaram a humanidade a ter uma nova perspectiva sobre a criança e a sua aprendizagem. Outra mudança muito importante é a afetividade dentro da família, que passou a ter um grande valor para o bom desenvolvimento da criança.

Essa afetividade era demonstrada a partir do reconhecimento que a educação passou a ter, substituindo o trabalho e a convivência com os adultos nas tarefas cotidianas pela escola, que ficou sendo a responsável pelo processo de formação.

Com o reconhecimento da educação e a iniciação do processo de formação é que surge a preocupação de corrigir os desvios da criança, já que ela era o fruto do pecado e, portanto, deveria ser guiada para o caminho do bem. Entre os moralistas e os educadores do século XVII, formou-se o sentimento de infância que inspirou, mais tarde, toda a educação do século XX. (Áries)

Infelizmente, essas mudanças beneficiaram apenas a infância burguesa, pois as crianças do povo continuaram sem o acesso aos novos frutos nascidos dessa nova concepção de infância, com o direito à educação, à higiene e à saúde e continuaram sendo direcionadas ao trabalho.

Hoje, a criança é vista como um indivíduo de direitos, enquanto cidadão, com características totalmente diferentes das dos adultos e com necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais. É este o principal objeto de estudo, a criança, que irá gerar as principais mudanças na educação, além de exigir dos educadores uma postura e visão mais consciente do trabalho a ser realizado com as crianças de 0 a 6 anos, procurando sanar as suas necessidades enquanto criança e cidadão.

Construção da infância e educação

Por muitos anos a educação, a atenção e o cuidado das crianças pequenas era todo como responsabilidade da família, principalmente da mãe e de outras mulheres. "A educação efetivava-se pela aprendizagem junto aos adultos. Não havia, naquela época, a idéia das crianças separadas dos adultos para a escolarização. O trabalho, o lazer e as brincadeiras desenvolviam-se no mesmo espaço". (Áries)
Nas sociedades primitivas, as crianças eram cuidadas por uma rede de parentesco dentro da própria família e a educação ocorria de forma natural, espontânea, o "fazer fazendo". Na Idade Antiga, o principal objetivo era a liberdade (Grécia) e o de compreender os deveres (Roma). Os cuidados das crianças eram oferecidos por mães que não tinham nenhum tipo de preocupação relacionado às crianças. Na Idade Média aparece a educação religiosa - conceitos morais - e junto o surgimento da "Roda dos Expostos" (cilíndros ocos de madeira e giratórios), construídos em muros de igrejas ou hospitais de caridade, onde as mães ao invés de abandoná-las, as deixavam para que tivessem alimentação, higiene e segurança.
RODA DOS EXPOSTOS



Com a chegada do capitalismo na Idade Moderna surgem os valores mundandos e o conceito de que o homem é o centro da Terra. No século XVI ocorre a reforma protestante onde a educação era vista como uma forma de doutrina (associação com as igrejas).


Com o início do Iluminismo, no século XVIII, a educação ocorria através das relações e a criança não é mais vista como um miniadulto, mas sim como uma verdadeira criança.


Infelizmente, a educação no Brasil teve poucas mudanças já que passamos 210 anos, desde o século XVI até o século XVIII, com uma educação baseada nos preceitos jesuíticos e com isso ocorre um período de quase 30 anos de vazio na educação.

Um pouco da história da Educação Infantil

Os primeiros esboços de instituições destinadas ao atendimento de crianças de 0 a 6 anos surge no continente europeu no final do século XVIII. Seu principal objetivo era o de acolher crianças pobres de mães trabalhadoras e que desde o início se mostraram primordialmente educacionais.
Ao longo dos tempos essas instituições e o modo como ocorre a educação vem sofrendo grandes transformações, principalmente nos últimos tempos com a Constituição de 1988 que estabelece que Creches e Jardins de Infância passariam a fazer parte dos sistemas educacionais. Mas é só com a chegada da LDB em 1996 que a determinação constitucional ganha um estatuto legal definido mais claramente.
A visão assistencialista com relação à infância sofre uma quebra parcial, já que essa visão permaneceu por muito tempo e ainda aparece em algumas instituições, passando a ser encarada como uma base para a vida escolar.
Durante esse processo de transformação, além das instituições adquirirem uma nova identidade, surge também uma nova concepção de criança totalmente diferente da visão existente durante os séculos. Se por muito tempo a criança foi vista como um ser invisível e depois como um adulto em miniatura, hoje ela é considerada em todas as suas particularidades e especificidades com uma identidade pessoal e histórica.
Essas transformações ocorreram para atender as novas exigências sociais e econômicas, dando à criança um papel de investimento futuro e para isso o seu atendimento teve que acompanhar os rumos da história.